História de Rio Branco, Capital do Acre
Rio Branco, a capital do estado do Acre, possui uma história marcada pela exploração da borracha, conflitos territoriais e crescimento econômico. Fundada às margens do Rio Acre, a cidade se tornou um importante centro político e econômico da região Norte do Brasil.
Origens e Fundação
A cidade de Rio Branco teve sua origem no final do século XIX, durante o Ciclo da Borracha. A região era habitada por povos indígenas, como os Apurinã e os Kaxarari, até que seringueiros nordestinos começaram a chegar, atraídos pela extração do látex das seringueiras.
O seringal Volta da Empreza, fundado em 1882 pelo cearense Neutel Maia, é considerado o marco inicial do que viria a se tornar Rio Branco. O território, que pertencia à Bolívia, foi palco de disputas entre seringueiros brasileiros e autoridades bolivianas, culminando na Revolução Acreana (1899-1903). Esse conflito resultou na incorporação do Acre ao Brasil pelo Tratado de Petrópolis, assinado em 1903.
Desenvolvimento e Expansão
Com a criação do Território Federal do Acre em 1904, Rio Branco começou a se desenvolver. Em 1912, foi elevada à categoria de vila e, em 1920, tornou-se a capital do território, substituindo Porto Acre. A cidade recebeu o nome de Rio Branco em homenagem ao Barão do Rio Branco, o diplomata brasileiro responsável pelo acordo que anexou o Acre ao Brasil.
Durante o segundo Ciclo da Borracha, na Segunda Guerra Mundial, Rio Branco ganhou importância estratégica ao fornecer borracha para os Aliados. Isso impulsionou o crescimento da cidade, atraindo novos habitantes e investimentos.
Tornando-se Capital do Estado
Em 1962, o Acre deixou de ser território e se tornou estado, e Rio Branco foi confirmada como sua capital. A cidade passou por modernizações e ampliação da infraestrutura, com a construção de rodovias, hospitais e escolas.
Rio Branco Hoje
Atualmente, Rio Branco é a cidade mais populosa do Acre e um dos principais centros urbanos da região Norte. Possui uma economia baseada no comércio, serviços e agropecuária, além de um patrimônio histórico e cultural rico, com destaque para o Palácio Rio Branco, a Gameleira e o Parque Zoobotânico.
A cidade continua a crescer, enfrentando desafios como a urbanização acelerada e a preservação ambiental, mas mantendo sua identidade e importância para o estado e para o Brasil.